
Só!No silêncio insondável da noiteSoporífico ao encontro da insónia.A que orelha confiar o peso de uma tristeza?Que sonho acordadoTentará na noite bater no meu coração?O tempo não para, nem entende nada de amores.Insensível, passa desenhando o seu traçoNos compradores de lembranças. Onde quer que estejas um dia encontrar-te-ei .Num dia distante, encontrar-me-ásAo redor de um sonho,Ou em redor dum lugar de redescobertasOnde pela ultima e primeira vezEscutaremos os nossos desejos.Só!Entre os carris do abandono e do esquecimentoDesligado do mundo exterior,Ouço o som gemido e sangrento dum violinoQue deposita na minha alma,O canto monótono da dor.Mesmo que nada aconteça, os dados estão lançados.Lembra-te do embarço das criançasEm que os jogos de amor são interditos,E não te esqueças nuncaQue a dança das almas é inscritaNo grande livro da infelicidadeSem lamentações, e sem remorsosEstou só.
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