AS MINHAS ASAS SÃO LIVRES,MAIS EU NÃO SAIO DAS TUAS MÃOS....


O mundo é nada mais nada menos que um emaranhado de gente, cor, sonhos, ausências, presenças, brevidades, sonhos, eternidades, desejos, sonhos, um monte de vidas por vezes caóticas… sonhos. O mundo é um emaranhado de factores infinitos que se cruzam em parte incerta de um tempo qualquer e nesse momento chegam a fazer sentido. E no meio do novelo do mundo andamos nós, que somos por nós próprios um monte de novelos conjugados, entrelaçados, complexos por vezes impossíveis de desembaraçar… e isso somos nós… e isso sou eu, tu, eles… as pessoas.E na subdivisão menor da minha inconsciência aparece um sentimento de serenidade pequeno que chega a durar segundos mas é tão bom… é tão bom aquele momento em que o novelo passa a ser liso e eu consigo medir-lhe o tamanho… tão breve… depois volta a enrolar-se, é o ciclo de quem não sabe estar concentricamente integrada no seu próprio eu… é o ciclo de quem simplesmente não sabe. E por vezes são vozes que me trazem à razão e acordo a pensar que fiz tudo errado, que escolhi caminhos errados, canções erradas, vivi momentos que não deviam ser meus mas de outra pessoa qualquer, que o meu destino foi forjado por um palhaço de circo que não se conseguia rir de si próprio gargalhando à minha custa… “só se podem ter enganado… esta vida não é minha”… mas eu nem creio existir destino… e é nessas alturas que me culpo porque sou eu que decido e está nas minhas mãos e eu escolho e escolho mal. Estou numa fase interessante, aquela fase em que pensamos “isto é bom demais para ser possível, para ser verdadeiro”… e é agora que tenho medo de continuar, aliás, sempre tive, acabo por regredir ao poço sempre que me sinto “mais feliz” e agora vocês perguntam “PORQUÊ?” e agora eu respondo “NÃO SEI!” e é isso não sei… NÃO SEI.

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